O mal do século é a banalização.

Um dia

Um dia houve alguém a quem fizeram aceitar e acreditar em dadas estórias e fizeram-no crer que tudo isso era verdade, desde muita tenra idade. Com o passar dos anos parecia que fosse real aquilo que aparecia diante dele. Quando na verdade estava simplesmente cercado por seres e momentos que eram simplesmente colocados ali. Com que finalidade isso ocorria? Apenas com o descortinar dos dias que corriam nada parecia fora do lugar. As etapas da vida iriam passar a sua frente e fora feito de mero espectador. Até que em um determinado momento estando longe destas fontes de distorção, percebera que algo estava diferente daquilo que lhe mostraram.

Depois deste dia, a insistência em manter tudo como estava mostrou-se absurda demais por si só. Então havia notado o quanto estava preso e todo o tempo desperdiçado. Havia simplesmente sobrevivido a toda a barbárie disfarçada. Logo se vira entremeado de todo tipo de ameaças. Insistiam em levá-lo de volta à fonte dos problemas e do sofrimento, ainda que fosse algo revestido de bom. Houve muito desgaste e dor. Mas já era tarde, a consciência já havia despertado, e tentavam sufocá-la a todo custo. Momentos de transição eram atravessados.

Para aprender o que realmente é mais importante e essencial à vida, foi necessário percorrer todo esse caminho. A história ainda não acabou, muito haveria de acontecer em tão pouco espaço de tempo. Tentariam fazê-lo calar inúmeras vezes. Derrubá-lo, outras tantas. Lembraria dos próprios erros, e então perceberia que até mesmo estes eram muito menores do que os perigos que o cercava. O que então viria pela frente, boas perspectivas ou então a ruína total. Neste instante, todos os momentos bons e ruins apareciam em sua mente. E então fica a mensagem, por que então voltar para onde jamais deveria ter ido?

Se tudo foram erros, fossem os seus ou os dos outros. Nada parecia fazer sentido até que alguém lhe surgisse apontando um novo caminho a seguir, e quando chegasse esse dia, viria diante de si todo o mal. Parecia algo mais intenso do que tudo aquilo a que fora submetido, e que ainda queriam fazê-lo acreditar na responsabilidade sobre os problemas do mundo. Nada haverá de restar. Depois de todo este desterro, renovava em si as esperanças. Um dia apenas poderia mudar o rumo de tudo. Valeu a pena então chegar até ali? Muitas dúvidas viriam a mente. Lembrava-se dos ensinamentos recebidos ao longo de sua vida e a quem realmente deveria ser grato.

Fuja da mediocridade, mais do que do bem ou do mal.

Séc XXI. A era do grotesco, a verdadeira idade das trevas.

Nosso mundo está mesmo estranho, busca realidade nas relações superficiais e superficialidade nas relações reais, tudo isto em busca de benefícios próprios. 

Pequeno tratado sobre qualquer coisa

Qualquer coisa que se pense ou deixe de pensar diga ou deixe de dizer, aconteça ou deixe de acontecer, pode ou não estabelecer uma relação direta ou indireta entre uma coisa e outra ou entre uma coisa ou outra. De forma que a forma pode ou não ser transformada ou não em algo ou até mesmo em nada. Caso não tenha entendido nada até aqui, fique tranquilo pois isto pode ou não depender da interpretação de cada um. Ainda assim, a permanência na leitura deste texto pode despertar as mais diversas sensações, desde duvidar de quem o escreveu ou a curiosidade de tentar descobrir em suas entrelinhas um sentido subjacente. Reconditamente entediado ou entretido pela continuidade de buscar algo que vá além do conteúdo mencionado até o presente momento. Sendo assim, pode se inferir que a leitura deste texto leva a assumir a possibilidade de que palavras escritas deste modo seriam um mero pretexto para chamar a atenção de qualquer forma. Seja qual for a finalidade ou a falta de propósito leve a recordar o fato de que se defende e pratica absurdos em nome de atrocidades banalizadas, revestidas de verdade absoluta. Neste contexto atual, nada parece fazer mais sentido do que ler este texto.