O Real e o Virtual
Cada dia mais as pessoas fazem
uso de equipamentos com acesso à rede mundial de computadores com as diversas e
inúmeras finalidades. São períodos de tempo cada vez maiores navegando em busca
de informação, lazer, formas de locomoção, pedir alimentos, compras em geral, e
comunicar umas com as outras. Um fenômeno dos últimos 20 anos em média são as
redes sociais onde são abastecidas de informações da vida particular na forma
de fotos, vídeos, opiniões, dentre outros.
Muito se discute sobre o fato de
se colocar em grande parte das vezes situações positivas serem mostradas e que
as pessoas estariam “vivendo de aparências”. Primeiramente, ninguém é obrigado
a princípio a ter uma conta e um perfil em alguma rede social. Desta forma é
razoável que as características positivas se sobressaiam, uma vez que os conteúdos
são disponibilizados conforme a vontade do usuário. Em determinados momentos,
uma dada rede social pede atualização de informações, sejam elas endereço,
profissão, fotos, etc. para exibir aos demais que acessam a rede, e de alguma
forma abastecer o banco de dados desta rede.
Nesse instante pode-se afirmar
que existe um conflito entre o real e o virtual. A princípio, o simples fato de
abastecer a rede social de informações diversas demanda tempo e as pessoas
precisam desempenhar os diversos papeis e funções na sociedade real. Mesmo que
a máquina solicite atualizações constantes para que estejam expostas, não há
uma obrigatoriedade necessária em fazê-lo. De outro modo o virtual pode afetar
o real, uma vez que alguém coloca em sua rede social um determinado nome ou
apelido, nem sempre significa que gostaria de ser chamado assim na vida cotidiana
fora da internet.
Está acontecendo em escala cada
vez maior uma confusão entre o real e o virtual, por um lado espera-se que não
hajam informações falsas com o intuito de enganar as pessoas, o que faz sentido,
mas por outro, é desejável que o usuário tenha a autonomia de utilizar
determinada rede social da maneira mais confortável e conveniente, tendo em
vista que na maior parte da história da humanidade tais redes sequer existiam e
futuramente podem vir a deixar de existir no formato atual ou simplesmente sejam
trocadas por formas mais sofisticadas de comunicação.
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