A reforma do ensino médio e o estímulo ao
analfabetismo científico
Já é do conhecimento geral que o brasileiro médio desconhece conceitos básicos de ciências, seja com uma fraca base conceitual ou com a aplicabilidade no dia a dia. Nas últimas décadas houve uma preocupação com a universalização do ensino, que foi louvável, em detrimento da qualidade do ensino.
Políticas educacionais equivocadas aliadas à baixa infraestrutura do sistema público de ensino e à desvalorização do professor ajudam a compor o cenário atual, refletido em avaliações nacionais e internacionais. Outro fator é o modo como os conteúdos são abordados em sala de aula, fazendo com que os alunos apenas decorem fórmulas e conceitos. Por um lado, algumas ferramentas básicas precisam ser memorizadas, aliando-as a exemplificação.
Além disso, o que enfraquece o ensino de ciências é a falta de atividades práticas para reforçar os conceitos e contextualizá-los. Se no modo atual, os alunos pouco aprendem, O que aconteceria se os próprios alunos optassem por suplantar esse conhecimento? Provavelmente aprofundaria o ciclo vicioso de desconhecimento cientifico, menos estudantes com tais habilidades, menor fomento de futuros professores da área, menor formação de cientistas, pesquisadores, engenheiros e outros profissionais correlatos.
Por fim, uma baixa generalizada no setor industrial brasileiro, desde a construção civil de grande porte a uma crise num setor cada vez mais crucial, o de tecnologia de informação. Inclusive o setor de saúde seria prejudicado com a baixa habilitação nas ciências biológicas. Para concluir, é importante ressaltar que muitos estudantes consideram pouco seguros para escolher a profissão a seguir. Juntamente às atividades de ensino um aconselhamento vocacional possibilitando levar as reais atividades dos profissionais das principais áreas de atuação e a demonstração das oportunidades do mercado de trabalho.
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